quarta-feira, 25 de julho de 2012

Julieta e Julieta

Quem sou eu? Ninguém! Mas se quiser me dar nome, pode me chamar de Julieta. Eu queria voltar naquela época, e mudar apenas um ítem da "estória". Queria dispensar o queijo. E que mal há em querer apenas goiabada? Talvez não seria o livro mais vendido, mas continuaria, em sua essência, a mesma coisa: o amor. Meu desejo é que fôssemos apenas seres sem rótulos, sexo, sem pré-julgamentos, apenas livres, livres para ser, querer, e poder se vestir de amor. Não quero desmerecer Romeu, mas eu prefiro outra Julieta.  Eu tenho boa memória,  e ainda é fresco seu cheiro no ar, o cheiro da verdadeira dona do espaço de Romeu. Seus movimentos ainda são vivos nessa dança, e como era lindo o seu corpo. E eu não olho seu corpo apenas por saber apreciar belas curvas, mas  por poder apreciar de perto a força, dominío e independência. A melhor parte  é lembrar que ao fim daquela dança você esteve encostando sua pele na minha, suada, e tão quente. Eu pertenço ao seu suor, Julieta. Eu pertenço ao seus olhos, e você pertencia ao meu desespero de encontrar o que sou.   Você construiu em meus olhos, a minha alma. Hoje eu posso, finalmente, assumir que és dona de cada palavra minha, de cada desejo da minha pele, de cada pedaço de papel com tinta. Um beijo pra Shakesperare. 

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