sábado, 19 de janeiro de 2013

Falando de Respeito



Eu andei pensando e é lindo, é lindo e triste.  Lindo é ver essa gente toda lutando por seu espaço, pra dizer que também é gente, que sente, que dói. É gado, mas existe, quer, desiste, insiste, muda, pensa, sonha, corre, e para. Gente com tanta coisa, gente como a gente, que quer seu sonho lá em cima, que quer respeito, e só andar com sua própria roupa pelas ruas, ou só nuas. Eu vejo vertentes, uns lutam por mim, por você, por direitos, por paz, ou pelo verde, não importa, é raça e dedicação, é um mundo bom pra todos, pra tantos. Mas é triste, é muito triste. Todo ser, todo jeito, deveria naturalmente ser respeitado, deveria ser instinto: res-pei-to. É aqui que o texto deixa seu tom poetico e se torna apenas mais uma carta triste de protesto, de desabafo. Eu grito, muita gente grita, nas ruas, em casa, ou apenas dentro de si mesmo. Todo mundo quer viver bem, e porque ninguém vive bem? Todo mundo quer paz, mas estranhamente, há tantas armas nas ruas. Roubam, matam, ameaçam. Não eu não entendo tamanha opressão, inversão, é só insanidade e gana. Tentam nos padronizar limitando nossa beleza,  nosso eu. Somos especialmente diferentes de cada um, como uma digital, somo únicos, só há um de mim, e um de você, do outro, e do outro... então, não fira um exemplar único, não haverá outro igual. Não nos vistam roupas iguais, com linguagens iguais, não empurre goela à baixo: tem que ser, pra ser, desse jeito, pra isso, ou para aquilo. Eu penso, eu quero, eu vejo, eu visto a minha roupa e sou quem eu quiser. Respeite, ame. Há tantas religiões voltadas para o amor, mas... não é preciso citar a hipocrisia, é? Há tanta fome, tantas guerras, há corruptos, e vêm se preocupar com o tamanho do meu cabelo, ou com quem me relaciono?! Não precisamos disso. Há tantas coisas pra se falar, que eu quero soltar. Mas no final das contas está todo mundo lutando pra poder ser quem realmente é.