segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sem muitas coisas


Amo de um jeito só, só de sozinha, talvez a dois, mas em segredo. Amo de todas as formas, todas em subjetividade, mas amo.  De um jeito bem perigoso, mas que eu gosto. Mata-me e talvez eu te mate também, um pouquinho cada dia, talvez sem surpresas, ou tudo isso seja uma única, sem porque, sem intenção e hora marcada. Sonhei que “és” tinha voltado aos seus status, mas acordei, logo triste fiquei, mas feliz por respirar, foi o que me restou, e ingrata não posso ficar. A ansiedade deste dia fazia com que meu coração batesse e pensasse em todas as formas desse amor, um jeitinho bem diferente de sentimento, um amor feio, amor que espera sentada do lado de fora, nem os portões agüentariam tais barras sendo forçadas, como se não houvesse porta, nem tranca, mas fechado, enjaulado, indomável e inacabado. Não vivido, mas vivo! Completamente livre, mas sem ter pra onde ir, assim sou eu, sentimento errante, sem destino. Comigo não carrego muitas coisas, somente lembranças. Restou-me esse pedaço de papel em branco e uma caneta com pouca tinta, porém, roubaram-me as palavras. Talvez eu não saiba escrever, só saiba sentir e respirar, um ar que vem de dentro, vai para fora, uma vida inversa, sonhos sem fim, atitudes contrárias, sem muito que dizer, mas muito que viver. Sem muito receber, mas loucamente oferecida ao sentimento de doar. Sem nada, superficialmente.

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