segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Meu lado romântico


Hoje estou meio dividida entre a crítica e o romantismo. Talvez eu escreva uma crítica sobre o romantismo, ou um romantismo ironizando o poder da crítica, o certo é que eu vou escrever. Talvez eu leia algumas bobagens e misture tudo com uma boa música ou às lembranças inventadas, hoje ando sem direção, sem propósito algum. Provavelmente eu me contenha a poucas linhas, mas a verdade é que três palavras precisam, basicamente, de 1/3 desse espaço. Não sei por que estou escolhendo o caminho mais longo e esticando-as a uma página completa. Eu poderia me conter a versos de Bilac, Fernando Pessoa, aos mais consagrados poetas, porém, por mais que me traduzissem, ainda assim, não seria eu. Seriam o mesmo sentimento, as mesmas intenções, mas não haveria meus pensamentos, minha história. Uma impaciência, hoje eu digo, um verdadeiro frenesi, frenético, contínuo, sem parar... tic, tac, tic, tac. Não agüento mais esse mesmo barulho! Bateram a porta na minha cara, e sabe quem era? A esperança! Nem deixou recado, mau-humor. Quebrei algumas coisas na cozinha, gritei, corri atrás de alguém com uma faca, malgrado não estar amolada. Gritei como se não existisse ninguém dentro dessa ostra, mas tem, eu e o grãozinho de areia. Ou eu sou esse grão? Tic, tac...

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