segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ácida Paixão


Vivo de uma infeliz inspiração que insiste em alegrar-me de dor. Constantemente me alimento desses sentidos sem lógica, e do caminho aproveito a falta de destino.  Viajo pelos canais neuróticos de minhas veias, e nos neurônios encontro toda perdição que necessito para mim, como forças vitais, antes a loucura do que o ar que respiro. Atraente e extremamente desejável é essa minha sede por uma água que não bebo, ela brilha tanto. Talvez eu consiga substituir todo o líquido do meu corpo por essa agüinha brilhante, e com o sangue de minhas veias, pintar cada espaço de tela, cada canto de branco. Ah! Se eu pudesse gritar e todos pudessem me escutar, seria tão diferente. Se somente um pudesse traduzir-me. E ele pode ler cada entrelinha das minhas estrelas, e pinta com uma tinta todos os quadros da minha vida, com uma pigmentação que eu desconheço, é tão cheirosa, porém tão ácida capaz de corroer todos os tipos de metal. Aos seus olhos inúmeras vezes, perco qualquer compasso de palavras, e os ritmos ficam aflitos, assim como o descontrole do meu coração, fica perdido, só quer bater para que haja sobrevivência de meu corpo sob efeitos de tamanho significado. Um luto é o que dou a minha inteligência que morre envolvida por tal felicidade: enterre-me.

2 comentários:

  1. EUU Gosteii *----* QUERO MAIS, MAIS e MAIS *-* e se possível MAIS MAIS MAIS MAIS... eu viciei D:

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  2. Putz vc é boa mesmo, vc escreve muuuito bem, otímo texo, parabéns.

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