quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

We Can Do It


Sinto-me na obrigação de registrar, hoje, às 01h e 24min dessa madrugada de quinta-feira, meu respeito, porém meu protesto solitário relativo a essa classe denominada: homens! Cresci em lugares ouvindo dos maiores absurdos envolvendo nós mulheres, o que me vem à discordância nessa madrugada de tais comentários, salgados com uma pitada de machismo, batendo logo de frente com meu pensar temperado de feminismo. Fique claro que minhas indagações estão baseadas no que muito ouvi, e li nesse dia de hoje. Perguntei a vários homens o que queriam em uma mulher, ou o que mais prezavam. Inicialmente pensei ouvir/ler respostas similares, mas foi o contrário, todos idealizaram de formas distintas, uma perfeição inexistente em nós, perfeição no pejorativo sentido de máquinas, às vezes descartáveis. Podiam claramente em suas mentes escolher primeiramente suas curvas, perfeitamente, assimétricas, mas não conseguiam estabelecer um aspecto psicológico, visto que essa parte, forma quem e o que somos, então homens primeiramente absorvem imagens, e digerem conteúdos após um contato com o que está por fora, o que não nos rege a novidades. Meu cansaço começo aí! Foi ainda mais preocupante quando li que homens assustam-se com mulheres inteligentes fugindo de um padrão fútil e apagado de mulheres que não se portam com seu devido valor. É de uma impossibilidade imensa a aceitação de vozes não ativas da parte que se refere a nós mulheres, digo isto, ao que se refere à luta por seu espaço, não em um trabalho ou um voto, mas como cabeças pensantes que valem de filosofias e experiências, e que podem sim bater o pé, e escolher um homem que, verdadeiramente, lhe obedeçam ao agrado apurado e exigente, visto que o mesmo ocorre conosco de forma involuntária. Não digo isso de forma vingativa, ou pagar uma moeda desvalorizada com o mesmo peso, mas no sentido de estimulo a uma “auto-valorização”, e responsabilidade, pois a parte vergonhosa vem-me ao reconhecer que essa errônea idéia mal formulada parte de uma brecha que nós abrimos por exceção, um a um, porém que desprivilegiam os homens de qualquer justificativa, ou meio de informação calculada, para o que um grupo de excomungadas desconhecidas de sua real beleza e valor, envolvidas pela facilidade, envergonhem o pudor e a luta de uma pequena parte pensante, porém existente. Não se trata, daqui pra frente, de ser difícil ou não, delicada ou guerreira, mas está ligada a uma motivação chamada honra, o que mulheres realmente merecem por suas bençãos recebidas, visto que carregamos vida, mas não é porque uma parte dessa vida depende de um homem, seremos obrigadas a calar perante o machismo, ou uma simples dor de cólica. Afinal, o que eles entendem sobre isso? Há aqueles compreensivos, não serei tão injusta, mas suas qualidades restringem-se a essa única. Mas quanto ao cuidado? Não importa o que tenha feito, falo a respeito das verdadeiras, não importa de onde tenham saído, todas nós merecemos ser reconhecidas pela formulação de pensamentos marcados pelos doces traços dos sonhos, não somente fruto de desejo advindo do imaginário masculino. Ao contrário dos seres inanimados, respirados, pensamos, queremos.  

2 comentários:

  1. Homens safados '>< zuei' =] eu concordo com vc! tudo isso acontece por que as mulheres abrem brechas, Se elas parassem de cuida tanto da beleza de fora e pensasse mais em usufruir do que elas tem por dentro, acho que isso já mudava um pouco... E também não sair com um garoto só por que ele é o mais GATO do colégio. Pois uma parte do que os homens fazem com as mulheres, algumas fazem com eles, e assim abrimos mais brechas =|

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  2. Já me enganei muito. Mas as mulheres precisam valorizar-se mais.Parabéns por pensar assim, foi muito feliz em suas observações.

    Um abraço

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