segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Por quê? Um conselho!


Por que o céu é azul? Por que o Sol aparece todas as manhãs? Por que amamos? Por que choramos? Por que sofremos? Por que olhamos no relógio esperando? De onde vêm os sentimentos? E como existem os sentidos? Como se deram as mais variadas formas? São tantos “porquês” em nossa vida, são tantos desencontros, vias contrárias, palavras contraditórias, vidas abandonadas, esconderijos secretos. Talvez se tivéssemos resposta para todos esses “porquês” as coisas não conservariam sua real beleza, tão pouco seu sentido de mistério. Somos reles seres frágeis, minúsculos, um nada, nós seres humanos somos um nada, somos cartas marcadas, e nosso destino é a morte, digo esta, a física. Perante os questionamentos da vida se tira sabedoria, se tira loucura, desatino, descontrole, frigidez, caos psíquico, desencontro da psique. Como nós adquirimos a capacidade de nos perder dentro do nosso próprio corpo? Como assumimos a necessidade de variar um único “eu” em milhares? Como? Por quê? Onde? Quanto? Quero exatidão! Sou vitima da pior característica humana, sou viciada em perguntas, sou insanamente sedenta de resposta, movida, por inteiro, pelo frenesi, por uma freima. Cheiro, pele, desejo, molhado, sozinha, sonhando. Por que nos decidimos viver para as pessoas e não por nós? Por que optamos abandonar quem realmente somos? A verdade é que nós somos medrosos, esperamos pelo outro, esperamos, esperamos, esperamos por alguém que faça o nosso trabalho, desenvolva nossas fórmulas, encontre nossa cura. Por que nós mesmos não vamos a diante e somos os primeiros a gritar? Por que não sermos os primeiros a morrer por uma causa? A nossa causa! Por que insistimos em não acreditar em nossas próprias filosofias? Não, por favor, não prometam ser diferentes, não prometam ser os únicos a sonharem, não se prometa sorrir enquanto todos estiverem chorando, não minta, não desonre, mas doe-se, cuide-se, acima de tudo do coração e da mente, das pessoas que ama e do seu egocentrismo, não há nada errado nisso, quem poderá te matar por amor próprio? Quem te fará desacreditar em uma filosofia desenvolvida por experiências que só você viveu? A culpa é sua, é minha e é nossa! Não há ninguém nesse mundo que nos pare, que nos questione a ponto da desistência nos levando a solicitude, ao somático. Eu decido parar, eu decido até onde ir. Não existem palavras, não existem pessoas que te mude, que me mude, que me destrua se eu decidir que não! Se hoje somos derrotados, a culpa não é dos nossos pais, não é porque não usou o protetor solar, tão pouco porque alguém te falou algo, foi você, fui eu que decidi parar, fui eu que não quis usar o protetor solar, fui eu que desonrei, eu parei. Por favor, não exija, não brigue, não abandone quem ama, não deixe, não odeie, não se mate. Usufrua o melhor, seja inteligente, sinta, seja impertinente, não se conforme, não vá em busca de razões, não perca a fé. Não deixe que as palavras percam o sentido, nem que a palavra “profundidade” fique rasa em seu sentido desprovida de significado. Tenho dito: perca-se, encontre-se, mas faça isso de verdade, estou falando de se perder e não ter mais volta, estou falando de encontros baseados na concretude, no verdadeiro. Iluda-se, por favor, um pouco de imaginário não faz mal, franco, seja um pouco disso também, no sentido de liberdade, desprendido. Peça, ajoelhe-se pelo menos uma vez na vida. Se arrependa, chore até perder as forças. Eu quero andar pelas ruas e me perder de casa, eu quero inventar uma música que tenha sentido só pra mim, eu quero quebrar todas as coisas do meu quarto, rasgar velhas lembranças com seus velhos questionamentos a caminho do lixo. Por que eu estou aconselhando? Por que eu escrevi esse texto? Tudo bem, não me prometo parar de fazer perguntas.

2 comentários:

  1. um aprendizado para se levar por toda vida

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  2. hee! garanto que esse texto eu levo pra sempre aqui ♥ vou usufruir dele ate eu dizer chega... Perfeito!!!

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